Primeiro filme de Agnès Varda. Na cidade que nomeia o longa-metragem, duas narrativas se desenrolam em separado. A primeira, uma espécie de documentário sobre os habitantes da pequena aldeia. A segunda, uma ficção sobre um casal em crise, tendo como pano-de-fundo a volta do protagonista a este mesmo local, onde nasceu e passou sua infância. Dessa relação de forças entre a existência de personagens e o ambiente físico real pelos quais eles estão envoltos surge uma característica forte da obra, que ainda estava por se construir, de Varda: a poesia do espaço, nunca visto isoladamente, mas sempre em conjunto com os homens e mulheres que nele convivem.